sábado, 16 de outubro de 2010

A roupa fala

Já falei anteriormente da expressão de personalidade que pode ser transmitida através de comportamentos e também das nossas roupas.Muito da forma como agimos,nos portamos e falamos representa o que somos ou o que queremos.E pelas nossas roupas também conseguimos demonstrar muito de quem somos.
Existe uma associação clara entre a “identidade” da pessoa e as coisas que ela usa. As decisões, aparentemente individuais, da escolha de um traje, também se relacionam à necessidade de identificação a um ou mais grupos aos quais o indivíduo pertence.
A constante busca por “estar na moda” diz respeito, principalmente, à necessidade de comunicar aos outros a forma como o indivíduo se percebe, buscando diferenciar-se, com suas características que o tornam único. Mas, ao mesmo tempo, que o mantenham semelhante aos pares, sejam eles skatistas, médicos ou patricinhas.
Pode-se afirmar que a proposta da escolha de uma determinada roupa é, sem dúvida, a adoção de símbolos que refletem a mensagem sobre a forma como o indivíduo pensa ou como quer ser percebido.
A moda é um elemento de ligação que permite a criação de sociabilidade e definição de grupos, fazendo com que todos os membros se sintam parte de uma mesma entidade. Assim, a escolha do vestuário expressa as convicções e estilos de vida comuns.
Isso pode ser percebido nos rótulos criados para estilos e tendências. Funciona como uma necessidade de pertencimento a grupos ou tribos. Como resultado de pesquisas de longas datas, posso afirmar com base em diversos autores, que a moda é essencialmente uma formação de relação entre os seres, um laço social caracterizado pelo desejo dos indivíduos de assemelhar-se àqueles que são considerados superiores. É o que o filósofo francês Gilles Lipovetsky, chama de “imitatividade”.
Uma das origens da função social exercida pela moda está relacionada à existência de classes e camadas sociais. É como se, pelas roupas, o sujeito dissesse: “faço parte dessa classe social” ou “faço parte dessa casta”. E, ainda assim, estaria sob a distinção hierárquica de subgrupos dentro de um grupo. Assim, a escolha por determinada indumentária permite que, ainda que por alguns instantes, as pessoas possam pertencer a determinados grupos, sem necessariamente apropriar-se das características morais e ideológicas do estilo. É o caso das atuais designações de “punk de salão” ou “hippie de apartamento”, que se apropriam dos fatores estéticos, mas desprovido dos valores ideológicos.
Vejam alguns estilos de personalidade que podem ser pré-definidos pelas roupas.

Geeks
Hippies
Rappers
Mauricinhos
Patricinhas

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